MDIC lança em Pernambuco Plano Nacional da Cultura Exportadora para aumentar exportações
Brasília – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, lança, na próxima terça-feira (17), em Pernambuco, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). O programa é o braço regional do Plano Nacional de Exportações, lançado pelo Governo Federal em junho deste ano. O objetivo é aumentar o número de empresas pernambucanas que operam no comércio exterior e promover o crescimento das exportações de produtos e serviços do Estado.
A cerimônia será na Casa da Indústria, às 9h, e contará com a presença presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni.
Pernambuco é o terceiro estado a receber o Comitê Gestor do PNCE, que será responsável por monitorar a performance regional do programa. O PNCE vai trabalhar inicialmente com cerca de 600 empresas de micro, pequeno e médio portes, de setores como artefatos de couro, bebidas, joias e biojoias, metalmecânico, higiene e limpeza, alimentícios, borracha e plástico, fármaco-químicos (dermocosméticos), biotecnológicos, vestuários e acessórios, TI e economia criativa.
As empresas participantes do PNCE têm alto potencial exportador, de acordo com levantamento feito pelo MDIC. A meta do ministério é atender todos os estados brasileiros até o fim de 2016.
O ministro Armando Monteiro acredita que o PNCE é uma ferramenta muito importante no fomento da cultura exportadora no estado. “No ano passado, 254 empresas pernambucanas exportaram. Porém, quando analisamos os últimos cinco anos, percebemos um universo de 558 empresas. Vamos trabalhar em consonância com os parceiros do programa para que essas empresas retomem a atividade exportadora”, disse.
Projeto Brasil Trade
Como início das ações do PNCE, a Apex-Brasil vai realizar a Rodada de Negócios Brasil Trade. A rodada será realizada das 8h às 18h também na sede da Fiepe, com o objetivo de impulsionar as exportações de micro, pequenas e médias empresas. A ação contará com 50 empresas pernambucanas iniciantes na atividade exportadora e oito empresas comercias exportadoras. Para promover a rodada de negócios, a Apex-Brasil convidou quatro compradores internacionais, de Costa Rica, Angola e Bolívia. A expectativa é fechar negócios na ordem de US$ 3 milhões. A rodada vai envolver empresas dos setores de alimentos e bebidas, higiene e cosméticos e moda.
Plano Nacional da Cultura Exportadora em Pernambuco
Em Pernambuco, o programa conta com o apoio de 20 parceiros – entre regionais e nacionais – como os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); das Relações Exteriores (MRE); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); a Fiepe; Governo do Estado (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – ADDIPER); Sebrae; Apex-Brasil; ABDI; Correios; Banco do Brasil; Caixa Econômica; e outros. As empresas participantes do PNCE contarão com uma cesta de produtos e serviços, voltados para o aumento da competitividade em mercados estrangeiros.
As empresas participantes do PNCE vão contar com apoio dos parceiros na elaboração de diagnóstico de seus produtos e serviços, consultoria de inteligência comercial (que avalia em quais mercados aquele produto ou serviço tem potencial de venda), participação em missões comerciais e em rodadas de negócios com compradores estrangeiros; além de outras iniciativas.
Etapas
O PNCE é desenvolvido em cinco etapas e conta ainda com três temas transversais para o direcionamento das empresas:
- Financiamento,
- Qualificação
- Gestão
- Sensibilização
Banco do Brasil: capacitação em negócios internacionais. Fundamentos de comércio exterior, exportação, financiamento à exportação, câmbio, entre outros;
Correios: palestra, curso e consultoria sobre o programa Exporta Fácil;
CNI/Fiepe: eventos de sensibilização em internacionalização;
MDIC: promoção de treinamento em exportação para empresas pequeno porte. Oficina sobre os programas Vitrine do Exportador, Aliceweb e Radar Comercial.
Inteligência comercial
Apex-Brasil: apresentação do perfil exportador de Pernambuco e rodada de negócios;
Inmetro: treinamento sobre barreiras técnicas no Mercosul;
MDIC: treinamento do Capta – para que as empresas aprendam a utilizar as preferências tarifárias previstas em acordos comerciais assinados pelo Brasil.
Adequação de produtos e processos
INPI: Propriedade Intelectual para empresas exportadoras;
Sebrae: SEBRAEtec – promove o acesso de pequenos negócios a soluções em sete áreas de conhecimento da inovação: design; produtividade; propriedade intelectual; qualidade; inovação; sustentabilidade; e tecnologia da informação e comunicação.
MCTI: Sibratec – o Sistema Brasileiro de Tecnologia tem como objetivo apoiar o desenvolvimento tecnológico das empresas brasileiras, bem como melhorar a qualidade dos produtos colocados nos mercados interno e externo. Dá condições para o aumento da taxa de inovação dessas empresas e, assim, contribui para o aumento do valor agregado de faturamento, produtividade e competitividade no mercado.
Prooção comercial
Apex-Brasil: oficinas de Negócios Brasil Trade;
MRE: videoconferência com os Setores de Promoção Comercial (Secoms) das embaixadas dos mercados prioritários para entender quais são as peculiaridades do país para a entrada de produtos brasileiros.
Comercialização
Sebrae: curso ‘Condições de Venda para os Mercados Externos’; e curso ‘Procedimentos para Exportação’;
Senac: curso de aperfeiçoamento sobre desembaraço aduaneiro;
Banco do Brasil: capacitação sobre cartas de crédito e financiamento às exportações.
Intercâmbio Comercial – Pernambuco
O estado é o quarto maior exportador do Nordeste, respondendo por 5,8% das vendas externas da região. Entre janeiro e outubro, as exportações pernambucanas totalizaram U$ 697 milhões e as importações US$ 4,439 bilhões, gerando um déficit no período de US$ 3,742 bilhões.
A pauta exportadora de Pernambuco é composta majoritariamente por produtos manufaturados (72,6%), seguido pelos básicos (14,3%) e semimanufaturados (9,5%). Os principais produtos exportados no período foram óleos combustíveis; tereftalato de polietileno (utilizado na produção de garrafas PET); açúcar (bruto e refinado), ácidos carboxílicos e uvas.
Os principais destinos das exportações pernambucanas entre janeiro e outubro foram Argentina (18,2%), Antilhas Holandesas (14,9%), Estados Unidos (10,3%), Países baixos (7,3%) e Venezuela (5%). Já as principais origens das importações pernambucanas são os Estados Unidos (25,6%), Itália (10,7%), China (9,6%), Argentina (8,4%) e México (5,3%).
Até outubro deste ano, 243 empresas pernambucanas exportaram e 773 realizaram operações de importação.
Nota – Apresentamos a uma semana ao Governo do Estado nosso projeto institucional que parece me muitos pontos com o da matéria acima, o diferencial do nosso projeto é articular tudo isso junto a iniciativa privada. Nossa estratégia entende que ações direcionadas de forma estrutural podem fazer com que o mercado responda de forma pronta e sustentável. Para ter sucesso nesta empreitada faz-se necessário vontade política por parte do governo. O segredo para estruturar tal projeto é o de aplicar inteligência e conhecimento, pensando e interagindo em todos os gargalos visíveis e naqueles que poderão surgir.
Dedicamos seis meses de intensa pesquisa e debate para construir o projeto que denominamos de Tower (clique aqui) cada etapa foi precedida de questionamentos e avaliações. Hoje ele este pronto para ser instituído no mercado, quando isto acontecer iniciará um processo que chamamos de internacionalização do perfil do Maranhão. Pensar, discutir e agir em um prazo não superior a seis meses é nosso objetivo. Ampliaremos a discussão com foco na qualificação do empresário e do colaborador, democratizando o conceito de exportação. Pretendemos dar condições ao pequeno e médio empresário de poder participar desta grande plataforma que é o comercio exterior. Entendemos que a participação do Governo do Estado do Maranhão, como também dos municípios interessados é de grande importância. E para aqueles que pensam que este seria um processo burocrático e caro, vai aí a nossa resposta: a meta da Seed com este projeto é o de criar em formato regional um MARCO REGULATÓRIO confiável e estruturar junto com todos os participantes um sistema de one-windows que agilizaria e muito todos os processos e certificações necessárias para se exportar/importar. Acreditamos na visão do estado para assegurar esta oportunidade e fazer do Estado do Maranhão um exemplo de resultado.
Sem fundamentação política, parabenizamos o Governo Federal através do Ministro Armando pelo esforço de fazer mais pelo país. Mas sem querer parecer critico a uma iniciativa que nos parece bem-intencionada, todo esforço deve ser concentrado para descentralizar as operações dos grandes grupos que já tem facilidade de buscar funding, prazo e preços. Vamos olhar para o grande mercado composto da pequena e média empresa, essas têm um potencial gigantesco e infelizmente não tem as mesmas facilidades dos grandes players do mercado. Esse é o foco da Seed e mais uma vez nos colocamos ao inteiro dispor de todos que pensam e querem realizar algo diferente e duradouro.
Carlos Fernandes é especialista em comércio exterior e câmbio com mais de 30 anos de experiência. Foi executivo dos bancos: Banco da Bahia de Investimentos, SN Crefisul (Citibank), Banco Bozano Simonsen, Credit Lyonnais “BFB”; e das corretoras: Hoya, Miata (corretora de câmbio, Importadora e Exportadora), Renova, PREVIBANK S.A. DTVM, Concordia S.A. DTVM. Foi também fundapiano (ES).
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